8 Fatos sobre os legos da “The Art of the Brick” em São Paulo
Em exposição no Pavilhão da Oca, no Parque Ibirapuera, as obras com tijolinhos LEGO do artista Nathan Sawaya prometem muita nostalgia e diversão para os amantes da arte pop contemporânea. Listamos 8 fatos que você pode esperar durante a visita.
Para quem ainda não conhece, Nathan Sawaya é um consagrado artista norte-americano que criou a exposição do “The Art of the Brick”. Sawaya cria esculturas e replicas de obras de arte usando um dos brinquedos mais populares do mundo: LEGO. Apesar de retratar auto-retratos de personalidades e quadros famosos, sua arte tem como foco principal esculturas realistas construídas apenas com peças do brinquedo de montar. Ele foi o primeiro artista a fazer uso dos tijolinhos no mundo da arte contemporânea e sua originalidade lhe rendeu fama e notoriedade entre personalidades da mídia, políticos, crianças e colecionadores, se tornando uma espécie de Andy Warhol de hoje.
Após viajar o mundo, sua tão famosa exposição “The Art of the Brick” finalmente chega ao Brasil, aterrizando no Pavilhão Lucas Nogueira Garcez, popularmente conhecido como Oca no Parque Ibirapuera, até o dia 30 de outubro. Ao todo, a exposição reune 80 obras, organizadas em diferentes salas por temas e tamanhos. Uma experiência kitcsh que resumimos abaixo em 8 fatos:
1. As esculturas da primeira sala já impressionam mas o melhor está no final
Tudo começa com uma sala repleta de miniaturas, combinações surrealistas inesperadas e réplicas de tamanho real ou exageradas. Após assistir um filme introdutório, onde Sawaya conta as suas fontes de inspiração, a exposição do The Art of the Brick te leva a um ambiente criativo que costumeiramente abandonamos na infância. É possível acompanhar alguns esboços em papel das suas esculturas em um ambiente que reproduz a oficina do artista, com várias caixas de brinquedos LEGOS separados por cor.
2. Leia a legenda das obras, pois tem várias mensagens inspiradoras
Muitas das esculturas foram criadas pensando nas crianças ou no desenvolvimento emocional do ser humano. Portanto, embaixo de cada título, é comum uma legenda expressando sentimentos, angústias, medos, desejos ou mensagens de cunho positivo. Uma mensagem simples que gostei foi a da obra Pedestal: “A maioria dos pedestais tem alguma coisa em cima para você olhar. Neste caso, o pedestal é tudo o que você deve olhar. A arte também pode estar na ausência.”
3. Não tem como não relacionar algumas criações com a nossa vida
O colorido dos LEGOS, as poses estranhas e o contexto das esculturas remetem sempre a uma imagem afetiva nossa, seja ela de uma experiência infantil, de elementos da cultura pop ou momento da vida. Aliás, o fato do artista ter apostado sua carreira no LEGO é justamente porque as pessoas são familiarizadas com ele, uma vez que é um brinquedo que muitas crianças têm em casa e com o qual os adultos têm uma ligação sentimental. Esse é um dos motivos que torna a exposição divertida, fantasiosa e interativa, com esculturas muitas vezes caricatas e inusitadas partindo de aspectos reais. E assim como tantas outras coisas na vida, é uma questão de perspectiva.
4. A luz não permite boas selfies, portanto se contente com snaps sem flash
Logo de início fomos informados que não é permitido usar flash e para completar, a iluminação focada amarela prejudica muito as fotos, com perda da cor original dos LEGOS. Se existe um propósito para evitar o máximo a proliferação de imagens das obras, ele foi cumprido. Logo, não é nada fácil conseguir uma boa foto com as obras, exceto no lugar que existe para “interagir” com uma delas e a iluminação é mais difusa. Portanto, pense mais na experiência e menos no registro para não se frustrar.
5. São mais de 1 milhão de blocos espalhados pelo extenso ambiente da mostra
A medida que vamos entrando pelos diferentes ambientes da exposição é possível notar que as obras vão crescendo, ocupando maiores espaços e níveis de dificuldade. Entre caveiras coloridas gigantes, esculturas gregas imponentes e quadros detalhistas, a obra mais exuberante é a maior delas, um Tiranossauro Rex com 6 metros de comprimento. Foi preciso 80 mil peças para ser concluída durante um verão inteiro. A obra é dedicada as crianças, que lotaram a primeira exposição individual de Sawaya e esta foi a maneira criativa do artista agradecer. Fofo!
6. A obra mais famosa da exposição, aquela do clipe da Lady Gaga, está presente
Existe uma outra obra do artista que já virou kitsch e sempre estampa a publicidade do seu trabalho. Estou falando da escultura “Yellow”, um busto amarelo de um homem rasgando o próprio peito para mostrar ao mundo tudo o que o compõe. Ele foi construído com 11 mil peças amarelas de LEGO e provavelmente você já deve ter visto sua participação no videoclipe G.U.Y da Lady Gaga, para quem também criou um vestido com o mesmo material.
7. Algumas réplicas de quadros e auto-retratos dão vontade de colecionar
Momento mais cult da exposição, algumas obras prestam homenagens a personalidades e reproduzem grandes obras de arte, como “O Pensador”, de Rodin, “O Grito”, de Edward Munch, “A Noite Estrelada”, de Van Gogh, “O Beijo”, de Gustav Klimt, entre outros. A novidade que Sawaya preparou para acompanhar a mostra no Brasil é a obra inédita “Pelé”, que mostra o jogador de futebol em um painel composto em mosaico, diante de uma bola de futebol tridimensional.
8. No final é possível construir peças, brincar e comprar jogos e camisetas
Após superar um bom tempo a tentação de tocar cada uma das obras, o final da exposição reserva um alívio para os visitantes. Mesas com centenas de peças LEGO estão a disposição para os visitantes pegarem, criarem e expressarem sua criatividade. Alguns jogos de videogame também ajudam nesta imersão no universo artístico LEGO, com possibilidade de comprar jogos geeks (vi uns LEGOS de Star Wars, por exemplo). E como já é de praxe, alguns souvenirs estão à venda, com preços estratosféricos para catálogos, canecas e camisetas. Talvez, a melhor recordação seja mesmo a selfie final da sua obra de LEGO.
Após temporada em São Paulo, a exposição segue para o Rio de Janeiro, onde poderá ser visitada entre 11 de novembro e 15 de janeiro no Museu Histórico Nacional.
The Art of Brick, de Nathan Sawaya
Período: de 11 de agosto a 30 de outubro de 2016
Local: OCA – Museu da Cidade de São Paulo – Av. Pedro Álvares Cabral, Portão 3, S/n – Parque Ibirapuera
Horário: de terça a domingo das 11h às 20h (Fechado às segundas-feiras)
Ingressos: R$ 20 (inteira) | R$ 10 (meia-entrada)
Fotos: Mateus Aguiar